63cbc em bonito ms

O desenvolvimento dos aglomerantes hidráulicos através da história: aspectos técnicos, econômicos e ambientais da indústria de cimento

 Ulisses Soares do Prado, Engenheiro de Materiais pela Universidade Federal de São Carlos (1984), mestre em Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal de São Carlos (1989) e doutor em Ciências (Tecnologia Nuclear) pela Universidade de São Paulo (2008). Tem experiência em pesquisa e desenvolvimento de matérias primas cerâmicas, refratários e na reutilização de resíduos industriais, além do gerenciamento de projetos e montagem de refratários em grandes implantações industriais. Trabalhou em empresas siderurgias e refratários com conhecimento de processos industriais da siderurgia, fabricação de refratários e cimento portland. Sócio gerente da Lining - Representação Consultoria e Projetos Ltda, que presta serviços de representação, treinamento e consultoria para as áreas de matérias primas, refratário, isolamento térmico, metalurgia e cimento portland. Professor Colaborador da Universidade Presbiteriana Mackenzie e diretor da Associação Brasileira de Cerâmica (ABCeram) desde 2010.

Ulisses Soares do Prado

Lining/Associação Brasileira de Cerâmica (ABCeram)

Resumo
O concreto civil é a base dos sistemas construtivos modernos estando aplicados nas residências, rodovias, pontes, edifícios, saneamento, usinas hidráulicas e nucleares, plataforma petrolíferas. A água é o único insumo mais consumido que o concreto pelo homem moderno. O consumo per capta atinge 1,9 toneladas por habitante por ano.
A matéria prima principal usada nos concretos é um aglomerante hidráulico, mais conhecido como Cimento Portland, que passou por uma série de transformações para chegar no atual estágio de desenvolvimento. Será abordado não apenas a evolução do produto, como a evolução dos processos industriais que possibilitaram ao Cimento Portland ter essa relevância no cenário econômico mundial.
A pujança dessa indústria inevitavelmente tem um impacto ambiental relevante, não apenas pelo consumo intensivo de bens não renováveis, mas principalmente pelas características desse processamento que é responsável pela enorme geração de gases de efeito estufa (GEE). Hoje no mundo a indústria do cimento é responsável pela geração de de 5% dos GEE e a mitigação desse impacto também será abordada.